Os meus filhos conhecem bem a saudade. Dizem que são apenas crianças, que são pequenos, desde bebés que ouço isso. Mas eu tenho filhos que se apegam, ao ponto de eu desejar que fosse um pouco menos para que não sofressem tanto. Conheço-lhes bem o olhar triste quando os avós vão, as lágrimas. Mas agora também os escuto, e custa mais um pouco.

Ontem quando os avós chegaram o Gui disse “hoje é o dia mais feliz de julho, porque vem a avó”.

Matam as saudades que nunca chegam ao fim e que voltam em força assim que perdem o carro de vista. Volto a ouvir “queria que eles ficassem”.

No dia mais feliz de julho eles brincaram o tempo todo, gritaram e deram beijos e abraços. Espero que até o dia mais feliz de agosto chegar, eles tenham muitos e muitos dias felizes aqui. As saudades são de todos os que amam e nunca se é pequeno demais para as sentir.