Foto maravilhosa tirada pela Joana Oliveira 

Conseguimos atingir uma meta muito importante para nós. Vão sempre existir as pessoas que julgam que este tipo de textos servem para as mães que amamentam se vangloriarem ou se acharem melhores que as outras. Mas nada disso importa. Escrevo sobre isto, porque para nós, este é um marco muito importante. Amamentei a Laura em exclusivo 6 meses e 5 dias. E estou feliz, porque foi um caminho tão bonito, tão mágico, tão simples. Não, não foi sorte apenas. Já tinha amamentado um filho e não correu assim. Amamentar é muito mais do que dar alimento. Amamentei 5 meses o Gui porque achava ser o melhor para ele, mas foi sempre com muitos medos, inseguranças, dúvidas, dores e problemas. Nunca foi algo que eu quisesse mesmo muito. Depois informei-me bastante, o mais que pude. Sabia que desta vez seria diferente, e foi. 

Amamentar a Laura é mágico. Tem sido um caminho doce e fácil. É nos olhos enormes dela colados em mim que eu encontro forças e é por eles que eu jamais quero perder este momento. Durante meio ano, fomos só nós duas, sem chupetas, biberões, bombas extractoras, apenas nós, num amor sem fim. Nada disto faz de mim coisa alguma, não muda nada, não sou melhor mãe por isto, não seria pior se fizesse de outra forma. Aqui o mais importante, o que nos torna melhores, é como eu me sinto em relação a isso, a forma como eu vivo esta relação com a Laura. Somos as duas felizes assim, muito felizes. Tudo funciona e se encaixa. E eu acho que é assim que deve ser a amamentação. 

Eu e a Laura fazemos o mais importante. Mas seria impossível ter chegado até aqui sem todo o caminho que escolhemos e as pessoas que nele se cruzaram. 

Foi a preparação para o parto na maternura com a Cláudia, onde se falou de amor, de calma, de escolhas, de respeito, de caminhos. 

Foi o parto de sonho da Laura, foram as primeiras horas com ela. Tudo graças às condições e às pessoas maravilhosas do serviço de obstetrícia do centro hospital da Póvoa de Varzim

Foi o apoio incrível dos meus amigos mais próximos e da minha família, que estão sempre disponíveis, que me ouvem nos desabafos mais parvos, que me ajudam para que eu possa estar mais disponível, que me dão palavras de apoio se eu estou a desmotivar. 

Foi graças a pessoas como a Beatriz, a Filipa dos Santos (Amamenta Porto) e a Sofia Carvalhais. Porque foram tantas as vezes que recorri a elas e sem as quais seria muito mais difícil ter percorrido este caminho. 

Foi no meu filho mais velho, porque foi ele que me indicou o caminho, foi ele que me ensinou, foi ele que me mostrou sempre o tipo de mãe que eu quero ser.

Acima de tudo, foi no meu marido e pai dos meus filhos, que eu encontrei o maior apoio. Sem ele, garantidamemte eu não teria chegado até aqui, pelo menos, não desta forma serena e perfeita. 

Agora é continuar. Continuar até ela querer.