É oficial, o Guilherme passa o dia a repetir o nosso nome. Todas as mães sonham com o dia em que o seu filho diz pela primeira vez a palavra “Mãe”. Ainda me lembro perfeitamente quando isso aconteceu e foi inevitável deixar escapar uma lágrima. É um sentimento forte, o nosso coração dispara e enche-se de (ainda mais) amor.

Depois vem a fase em que eles aprendem a chamar-nos e começam a usar a abusar do nosso “nome”.

Neste momento, todas as frases do Gui começam por Mamã ou Papá (ou a pessoa que está com ele). Mas todas mesmo! Podemos estar ao lado dele, a falar com ele, e mesmo assim ele chama-nos, cada vez mais alto. No fim-de-semana ia jurar que ele disse mais de um milhão de vezes mamã e papá. Lá em casa só se ouve “mamãaaaaaaaa, papáaaaaaaaaaaaaa” pela casa fora, e garanto-vos, ele nunca está sozinho, anda sempre na mesma divisão de um de nós!

A juntar a isso, temos a pergunta “qué ito?” Aponta para tudo e pergunta o que é, numa curiosidade sem fim.

Admito que é cansativo! As primeiras 2000 vezes é tolerável, depois já é quase um desespero tê-lo a gritar o nosso nome. Falamos sempre baixo com ele, não sei onde ele foi buscar este volume! Hoje de manhã disse-lhe que só o ouvia quando ele falava mais baixo, quase em sussurro e ele começou a chamar-me baixinho, um amor…claro que isto dura pouco 🙂 mas para já vou aproveitar enquanto o enganei e ele pensa que de facto ouço melhor quando ele fala baixo.