Eu adoro o Natal, sempre adorei. Adoro a época, os cheiros, as músicas, o espírito, os doces, as ruas com luzes, a magia do pai natal e das histórias, as festas das escolas, a troca de prendas, a família toda reunida na mesa de Natal. Hoje foi o dia de decorar a árvore de natal cá em casa e é impossível fazê-lo sem recordar a minha infância. Eu vibrava com a chegada do Natal, contava ansiosamente os dias, imaginava, sonhava, o meu coração batia tão mais rápido. E eu gostava mesmo de tudo, de cantar as musicas na escola, gostava de escolher os presentes, de ir apanhar um pinheiro e musgo para montar o presépio na casa da minha avó, da missa do dia de Natal e dos teatros da catequese, gostava de ter todos em casa na noite de Natal e da loucura que era imaginar que o pai natal nos dia trazer aquilo que tanto desejávamos. Longe deste consumismo, naquela altura era realmente especial receber uma prenda. Adorava ver a minha avó fritar as filhós e os doces e aquele cheirinho que se espalhava pela casa. Nessa noite, eu e a minha irmã mal dormíamos com tanta euforia.

Gostava muito de passar parte dessa magia para os meus filhos. Quando somos pais, começamos a viver novamente o Natal de forma intensa, parte de nós regressa à infância. O Gui agora já percebe e já fica entusiasmado a decorar o Pinheiro e a escrever a carta ao pai natal. Já foram ambos bombardeados com as músicas do Natal e vai ser um mês inteiro assim! No ano passado, a Laura era tão pequenina e não se apercebeu de nada, mas hoje alinhou no espírito do irmão e ficou eufórica por ver a árvore e as luzes.

Aproveitámos o espírito e fomos ver o pai natal e andar de carrossel e os sorrisos deles são a magia deste Natal. São a melhor prenda. A única que eu agora anseio e desejo do fundo do coração.