Em Portugal, decidir ficar com os filhos a tempo inteiro é quase uma vergonha. Até aos 6 meses é tudo muito bonito, estamos na licença de maternidade, faz todo o sentido, ninguém nos faz perguntas, ninguém acha estranho os nossos filhos não estarem na creche.
A Laura tem 8 meses, de repente, sinto que tenho uma criança crescida. Quando encontro alguém que me diz que ela já devia estar na creche, que lhe fazia muito bem, que não faz sentido ela estar em casa, até olho melhor para ela, não vá a miúda já ter 10 anos e eu nem me ter apercebido! Que mania esta que temos em querer que os bebés deixem de ser bebés. Depois dos 6 meses, começamos a ser olhadas ligeiramente de lado. Perguntam-me a toda a hora quando pretendo regressar ao trabalho, quais os meus planos, até quando quero ficar em casa, o que quero fazer a seguir. Quando digo que não sei, muito a medo, respondem que tenho que saber, porque já começa a ser hora de pensar nisso, ou então que nunca seriam capazes de fazer isto como se estivéssemos a falar de um horror de vida!
“Não podes ficar para sempre em casa, não te faz bem a ti nem a ela”.
Desde quando é que estar com um bebé de 8 meses 24 horas por dia faz mal a alguém? Sim, é bastante cansativo, não nego. Mas haveria lugar melhor no mundo para um bebé estar?
Não, não sei quando vou trabalhar. Não tenho planos. Não me vejo a deixar a Laura tão cedo, não sei se daqui a 1 ano, se daqui a 10.
Eu sei que estou a fazer o melhor que podia pela minha filha. Sei que este é dos melhores presentes que lhe posso oferecer, estar comigo, sempre. Sei que ela não podia crescer em mais segurança, mais conforto, mais estabilidade, mais amor. Mesmo assim, não consigo e evitar sentir-me constrangida, como se fosse menos por ficar em casa, como se tivesse que ter mais objetivos para ser mais importante, como se ficar em casa fosse não ter vida própria. Como se tivesse vergonha de dizer que sou mãe a tempo inteiro.
Esta devia ser a profissão mais valiosa de todas. Não sou mais necessária em trabalho nenhum do mundo! Ninguém precisa mais de mim do que a minha filha. 5 meses junto a um bebé é pouco, demasiado pouco! Devíamos lutar pelo direito de ficar mais tempo em casa, em vez de sonharmos tanto com o regresso ao trabalho, como se só pudéssemos ser felizes fora de casa. Eu diria que a maioria das mães, se pudesse, ficaria mais algum tempo junto ao seu filho. Triste é a licença de maternidade no nosso país e em muitos outros. Mas parem lá com esses comentários, parem lá de tratar as mães a tempo inteiro como se fossem menos úteis. Parem lá de fazer perguntas dessas. A Laura tem 8 meses, acabou de nascer, tem tempo, muito tempo de ficar longe de mim!
2017-07-19 at 21:38
Concordo plenamente, vivo em França onde tenho uma ajuda para ter uma licença de 2 anos e daqui a um ano que é o que falta? Logo se ve agora aproveito o meu mais novo e o mais velho clato tenho mais tempo para eles e para o marido
2017-07-20 at 21:09
Acho que até aos 2 anos devia ser obrigatório ❤️
2017-07-19 at 23:13
Se as pessoas se preocupassem mais com a vida delas em vez de mandarem palpites na vida das outras pessoas faziam melhor figura. Se pode faz muito bem em ficar com a sua filha, não há amor maior, carinho maior, nem melhor tratamento de quando são criados pelas mães. Eu sou uma felizarda pois também consegui acompanhar o crescimento da minha pequenina, agora já com 4 anos, até bastante tarde, até mais ou menos os 3 anos. Acho que não se prive de a ver de crescer bem de pertinho pois passa num instante.
2017-07-20 at 21:10
Passa mesmo, é isso que eu penso ❤️ apesar do meu mais velho ter ido aos 5 meses e hoje adorar a creche (com 3 anos), continuo a pensar que não há melhor lugar do que em casa junto aos pais, pelo menos nestes primeiros 2/3 anos de vida ❤️
2017-07-19 at 23:33
O meu bebé tem 20meses e eu estou com ele em casa mas comecei a trab ao fim de semana à 3meses para ajudar nas contas .No entanto as pessoas estão sempre a falar em por na cresce ñ vai enquanto eu poder está comigo ….tem muito tempo para ir para a escola
2017-07-20 at 21:10
As pessoas têm pressa, não entendo porquê! Eles têm a vida toda para estar na escola e longe dos pais! ❤️
2018-03-28 at 09:39
O pior é que as pessoas que não sabem o que é ter a responsabilidade de ser mãe, também se esquecem que mãe a tempo inteiro NÃO implica só cuidar dos filhos….. É o abdicar de
cuidar de nós próprias, não ter horário para uma refeição, um banho, um ” mijar” descansadas, porque para além das crianças, há uma casa para organizar,limpar, um infinito de roupas para lavar, secar,passar, refeições para fazer a tempo e horas….. tarefas estas que na maioria dos dias se conseguem em simultâneo conciliando esforços, que ao trabalhar fora de casa e estar ausente no MÍNIMO
9 HORAS por dia é praticamente impossível, o que nos acaba por “esmagar” de trabalho ao fim de semana ou roubar horas de descanso e sanidade mental á noite para conseguir não transformar a casa numa possilga caótica!!!!!
2017-07-21 at 20:45
E essas pessoas devem ter alguma coisa a ver com isso, voce so poe na creche se quiser ,da sua vida sabe voce.
Eu sou o tipo de pessoa que as maes deviam ficar com os filhos ate irem para a escola devemos aproveitar ao máximo os nossos filhos eles precisam de nós
2017-07-20 at 00:04
Como a compreendo! Eu arrisquei a trabalhar por conta própria ao criar artigos infantis e vender na Internet e em feiras de artesanato. Não tenho ganho muito dinheiro, mas já ajuda um pouco nas contas cá de casa! Sei que, de facto, a nossa vida era mais folgada um pouco quando estava empregada mas… Teria que deixar de amamentar o meu filho porque no meu trabalho me estavam a pressionar por causa da redução de horário? Teria que pagar a alguém para que cuidasse dele para eu poder trabalhar? Teria que o afastar de mim à força várias horas, como o fiz com a minha filha? Teria que perder imensos momentos preciosos só para ganhar o suficiente para pagar à creche / ama e só sobrar uns trocos?
O problema é que toda essa pressão que agora exercem sobre mim por ser mãe a tempo inteiro (mesmo trabalhando em casa!) já está a afectar a minha relação com o meu marido, que agora já também tem vergonha de eu estar em casa com o meu filho, e de estar a ganhar pouco dinheiro com as minhas criações…
Confesso que já estou a procurar emprego, mas ele nem sequer sabe! Mas se algo surgir e que eu tenha de ir trabalhar, não vou abandonar o meu projecto, mas para ter mais tempo em exclusivo com os meus filhos, abdico do meu marido…
2017-07-25 at 00:20
Fiquei triste em ler o seu testemunho… também desisti da minha profissão para ficar com o meu filho em casa. Inicialmente até aos 3 anos mas acontece que ele está quase a fazer 3 anos e eu nao me sinto preparada para me separar dele… Apesar de ter feito um pé de meia com este objectivo sempre me senti pressionada a ir trabalhar por causa do dinheiro… é triste.. quando sabemos perfeitamente que ao estarmos em casa poupamos bastante em tudo e que chegamos a ganhar mais do que estando a trabalhar (basta fazer as contas ao que se paga nas creches, à roupa que obviamente se tem de ter a mais do que estando em casa, ao dinheiro que se gasta em transportes, à alimentação, …. enfim é tanta coisa que nao dá para estar aqui a enumerar! !!!)… sempre me senti olhada de forma estranha como se fosse uma parasita da sociedade… quando ninguém sonha sequer o quanto eu trabalho… a maior parte das pessoas que me olha assim nao faz ideia do que é ser mãe a tempo inteiro. … Só quando ele fizesse 3 anos eu pensava iniciar uns projectos meus mas por causa destas pressões todas tive de começar antes e é tão difícil! !!! Estou exausta… E eu só queria fazer o que é normal… ficar com o meu filho… Estranho é querer colocar o filho na creche assim que for possível. .. estranho é os maridos (e pessoas próximas) nao apoiarem esta decisão de suas esposas e nao se sentirem orgulhosos delas…
Muita força para si! Que os seus trabalhos comecem a ter o retorno financeiro que merece! !!! Estar com os nossos filhos é o mais importante que podemos fazer na vida!!! Ah… esqueci-me de referir a minha antiga profissao: eu fui Educadora de Infância durante 13 anos!!!
2017-07-25 at 06:53
Obrigada pelas suas palavras! Curioso… eu fui Ajudante de Ação Educativa durante 10 anos!…
2017-07-20 at 07:03
Tambem tenho um com 8 meses e doeu-me, mas doeu-me muito ter que voltar ao trabalho ao fim de 5 meses.. e imagino se o tivesse que deixar com 4!!! O nosso país não presta para as mães, querem natalidade mas depois não nos dão opção quando toca a hora de escolhermos os meses para ficarmos com o nosso bebe acabado de vir ao mundo! Somos obrigados a escolher entre o ficar em casa, e o ficar em casa quase sem ordenado! É uma vergonha e sinto-me triste todos os dias
2017-07-20 at 21:11
fico triste também! Triste por todas as mães ou pais que queriam ter essa opção e não podem, 5 meses é vergonhoso! No mínimo dos mínimos seria 1 ano! Também concordo, as políticas natalidades em Portugal são uma vergonha!
2017-07-20 at 08:47
Tenho uma menina com 2anos e 9meses e decidi não eenovar contrato qd acabou a licença de maternidade . Como sou psicóloga acho que não me questionam tanto mas sinto a pressão, sem dúvida . Nem que seja a que me impunha a mim própria no princípio … Preconceitos colectivos plantados na memória da minha geração de que mulher é igual ao homem … Não somos e nada mais óbvio e saudável do que essa desigualdade. Iniciei a minha formação Waldorf e abri uma associação através da qual desenvolverei invej novo projecto pessoal e profissional. Tenho agora mais uma bebe de 13 dias e ficarei com as duas !
Parabéns pelo texto, revejo-me 100% nele.
2017-07-20 at 21:12
Força ❤️
2017-07-20 at 23:26
Concordo tanto! A mulher não é nem nunca será igual ao homem. São seres muito distintos! É contra-natura querer equipará-los… depois surgem coisas, para mim, incompreensiveis como as barrigas de aluguer, por ex… enfim..
Parabens pela decisao!
2017-07-20 at 11:05
Sinto exatamente o mesmo! A minha filh tem quase 11 meses! Quando ela tinha 1mes e meio comecei a trabalhar, pois como trabalhava a recibos não tive direito a licenca de maternidade, e tinha a oportunidade de a levar comigo para o trabalho! Só que ela cresceu e Eu via que ela precisava de espaço para desenvolver melhor e aos 8 meses vim para casa, com uma nova proposta de trabalho, q acabou por não se concretizar! Confesso q me estava a preocupar eu separar-me da minha filha, como ia fazer com amamentação, ela precisava tanto de mim! Hj com quase 11 meses ela continua a precisar tanto de mim, que acho q nc me vou conseguir separar dela! Não acho q seja mãe galinha, mas nesta questão do me separar dela e só a ver durante umas horas no dia, não consigo sequer imaginar!! sinto tanta pressão, que qualquer dia entro em depressão!
Beijinhos meus e da Eva
Ps: Andreia, obrigada! Adoro ler o teu blog, revejo-me em muitas das coisas q escreves, e é bom ver q não somos as únicas q fazem assim ou assado 😉
2017-07-20 at 21:13
Força ❤️ não há mesmo nada de errado em querermos estar com os nossos filhos em casa! Faz todo o sentido. Eles crescem tão rápido, mais cedo ou mais tarde voam do ninho, por isso, devemos aproveitar muito estes primeiros anos deles. Coragem, segue o teu coração ❤️
2017-07-20 at 13:14
Parabéns pelo post. Tão real e tão triste aquilo que relata.
Não sou mãe (mas desejo ser) e revolta-me esses juízos de valor, preconceitos e mesquinhices.
Passamos do 8 para o 80 e agora uma mulher querer ficar em casa com os filhos mais do que o tempo previsto pela lei é considerado ultrajante, desajustado, antiquado, etc..
Cada mãe sabe aquilo que considera melhor para os seus filhos.
Pessoalmente acho que o mínimo de licença de maternidade deveria ser 1 ano com possibilidade de se prolongar até aos 3. E se a mãe quer ser mãe e doméstica a 100% que seja, tal como se quiser ir trabalhar que vá…
2017-07-20 at 13:44
Infelizmente vou trabalhar quando a minha filha tiver 9 meses. Por mim ficava com ela em casa até pelo menos aos 3 anos. Sim, é um trabalho a tempo inteiro, é muito cansativo. Mas alguém nos dá mais valor que os nossos bebés? Haverá melhor pagamento que um sorriso sempre que nos vê? Apesar de ter data marcada para voltar ao trabalho e de mostrar a minha tristeza com essa perspectiva, adoro os comentários “encorajadores”: vai ser o melhor para ela e para ti, vai fazer-vos bem. Como é que estarmos afastadas pelo menos 9 horas por dia, vai fazer bem a qualquer uma das duas? É uma pena a desvalorização da maternidade/paternidade neste país…
2017-07-20 at 15:17
Mãe da Maria com 22 meses e que está na creche desde os 12 meses e onde observo que está integrada e é feliz. Este mês de julho (apesar de pago) não colocou lá os pés. Passa o dia inteiro comigo, com o pai ou com os avós (sou professora e este mês tive mais disponibilidade…. quem me dera ser só mãe a tempo inteiro…. e bem que precisava porque além da Maria tenho o Francisco com 11 anos e o João com 15, que ja não precisam só de uma mãe a tempo inteiro mas também precisam de uma motorista, e uma “socorrista”, e uma cozinheira, e uma fada, e…. ) eu precisava de mais tempo ou todo o tempo para os meus filhos!
2017-07-20 at 15:17
Consegui que o meu filho ficasse em casa até aos 8 meses, primeiro comigo, depois com o pai e por último a avó. O meu filho foi prematuro e pretendia atrasar o possível a entrada na escola. A verdade é que adoro a minha profissão e também sentia falta de ser professora, no entanto, doeu-me a alma ter de o colocar lá. Passava os dias preocupada e tinha medo que sentisse falta de todo o amor e dedicação que tinha em casa. Ainda assim, quantas vezes ouvi que ele tinha era que ir para a escola para desenvolver… adaptou-se melhor que eu, mas daria muito para poder estar até, pelo menos, ele ter um ano.
2017-07-20 at 20:56
Se me permite opinar, uma vez que já desabafaste devo confessar que passei por algo muito parecido. Cheguei a Portugal com o meu filho de meses e com um vencimento mensalbde 900€ que duravam ate aos 9 meses do meu bebe.
Não queria de todo ir trabalhar. Não precisava inclusivamente. Também me revoltei um pouco com o mundo por me censurar.
Mas o meu marido “obrigou me” leia se como conselho a voltar ao mercado de trabalho. Aceitei o processo sempre na condição de voltar atrás caso me arrependesse. Algum tempo depois a proposta irrecusável chegou. Escolhida creche e lá fomos nos para os dois fazer o teste. Acredites ou não passei duas semanas com o meu filho na creche a fazer a integração que as outras mães fazem em 10min. No fim desse tempo pediram me para sair e deixar o Gui seguir o Rumo normal. Sentei me nas escadas da creche e chorei 3 horas. Ate que ligaram ao meu marido para me vir buscar.
Agora passados quase 5 anos rimos muito dessas semanas e eu agradeço a deusa ter tomado a decisão de o deixar ir para creche e agora sim sei o bem que lhe fiz.
Somos mais unidos e fortes desde que o deixei crescer.
A decisão é tua e a dor também mas é a vida do teu filho e o desenvolvimento dele.
Quere los casa é só egoísmo.
Mas concordo com muito do que disseste te e assino por baixo no facto que deveríamos aumentar a licença de maternidade.
Espero que entendas a minha mensagem como alguem que so quer dar exemplo para ajudar.
Forca nisso mae!
2017-07-20 at 21:16
Eu sou muito a favor da creche, tenho o mais velho lá desde os 5 meses, a verdade é que desde os 2 anos que ele adora mesmo, até quando pode ficar em casa pede para ir e eu acho que tem muito de positivo atenção! O que eu acho é que eles têm tempo, e que pelo menos até aos 2/3 anos deviam poder ficar em casa! Querer um bebé em casa ao nosso lado não me parece egoísmo, até aos 3 anos não existem muitos benefícios na creche, até as próprias educadoras o dizem, depois disso, se for a vontade da mãe, acho óptimo para que eles convivam com outras crianças e aprendam outras coisas. Obrigada pelas palavras ❤️❤️
2017-07-20 at 23:42
Olá Andreia!
Descobri este texto porque uma amiga, que me conhece bem e que partilha a minha filosofia de vida, me enviou o link.
Revi-me em cada palavra sua.
Eu tirei uma licenciatura e um mestrado. Tinha um emprego no qual já estava há cerca de 5 anos e meio. Até que nasceu o meu 1º filho. Tirei a licença máxima de 8 meses (na qual os últimos 3 meses são pagos apenas a 25%) e sofri horrores quando regressei ao trabalho. Apesar de sempre ter visto todos os meus direitos de Mãe respeitados e sempre me terem sido dadas facilidades de apoio ao meu filho, pela minha entidade patronal, para mim, ir trabalhar e deixar o meu filho em casa (atenção, em casa! com a avó.. ou seja, já era bom, comparado com deixar numa creche), era uma tortura. Eu chorava todos os dias… Aguentei 3 meses… até que tomei a decisão de deixar o trabalho e ser Mãe a tempo inteiro! Tive o maior dos apoios do meu Marido e da minha Mãe. Mas, tive (e continuo a ter) muitas desaprovações, muitos olhares recriminatórios e de soslaio..muita incompreensão! Incompreensão sinto eu, perante as inúmeras e repetidas questões que me fazem, frequentemente, de qual a razão de eu não colocar o meu filho a creche… até me dá vontade de rir, por vezes… argumentos como: «ai, porque ele em casa não ganha imunidade, porque não fica doente tantas vezes!»; «coitadinho do menino, assim não pode socializar com outras crianças!»; «mas assim, em casa, não aprende a LER nem a ESCREVER (really?! na creche e com 3 anos?!); «em casa fica muito apegado à mãe e isso não é bom!!» etc etc..
Sinto pena também..por as pessoas não perceberem o óbvio: que não há ninguem no mundo que cuide melhor do meu filho do que eu! Muito menos alguém que não conhecemos (sem desmérito do trabalho de uma educadora, obviamente.. mas que, não é a Mãe dele!!!).
Tive a possibilidade de tomar esta decisão: viver para os meus filhos e para a minha família. Coloquei em pausa uma carreira profissional e fiz (e faço) várias restrições monetárias (mas, que não são privações, nem coisas que efectivamente preciso). Nunca me arrependi da minha decisão e todos os dias sou imensamente feliz 24h/dia com os meus filhos (agora já tenho 2..e queremos mais 🙂 ). Entretanto, ingressei num projecto profissional, familiar, em duração sazonal, que concilio perfeitamente com os meus filhos (continuam sempre comigo).
Sou Mãe a tempo inteiro por tempo infinito e indefinido… não perco pitada dos meus filhos! São crianças felizes, calmas e dóceis.
Todas as Mães que desejam tomar esta decisão deviam poder fazê-lo!
2017-07-21 at 07:41
Identifiquei-me muito com o seu comentário ❤️, também tenho mestrado e trabalhei numa empresa onde adorava o que fazia, viajar, conhecer pessoas novas, falar diferentes línguas, sair, conviver, mas onde estava mais de 12h por dia! Ainda antes de ser mãe tentei abrandar, assim que nasceu o Gui percebi que não ia conseguir conciliar, se o meu coração agora estava em casa, como podia ir trabalhar? Respeito quem o faça e acredito que os filhos, na creche certa, estão bem e felizes. Mas nada se compara a estar junto da mãe ❤️. Tenho mesmo pena que tanta gente não compreenda e tente deitar abaixo que toma uma decisão assim. ❤️
2017-07-21 at 06:17
Sou mãe a tempo inteiro á 4 anos e já não sinto tanto essa pressão, ou então já não quero saber o que dizem. No início foi bastante complicado, sentir-me inútil, um fardo porque não ajudava financeiramente em casa mas a verdade é que faço tudo o resto. Se tivéssemos de pagar escolas, transportes, alimentação fora de casa provavelmente gastariamos tanto quanto o que eu ganharia. Perderia tempo com as minhas filhas e marido e só ganharia stress e culpa por poder estar com elas e não o fazer.
Ele não quer que eu trabalhe, sou uma das privilegiadas que não precisa de o fazer, e hoje não quero saber o que pensam ou dizem sobre o assunto. A vida e a decisão é nossa e se querem saber trabalho muito mais do que alguma vez trabalhei em todos os empregos que tive. Mas a recompensa é muito maior que o ordenado no fim do mês 🙂
2017-07-22 at 11:26
Olá e parabéns pela decisão tão contra-corrente. Eu tenho 41 anos e decidi o mesmo há 4 anos quando a minha 3a filha nasceu. Embora a minha profissão anterior fosse cheia de boas aprendizagens foi a melhor escolha que fizemos em família! Tenho mais tempo para acompanhar o meu filho mais velho de 14 anos. E as minhas filhas mais novas, de 6 e 4 anos, são muito felizes, autónomas, têm muitos e bons amigos, fazem ballet, música, natação, visitas a museus, etc etc e não andam na escola. Que grande desafio é … mas belíssimo. Sinto-me realizada pela escolha que fiz.
O futuro…? A Deus pertence. Importa viver bem o presente e dar as boas vindas aos bons projetos que se cruzam no nosso caminho!
Força! O que os outros pensam… não importa!
2017-07-22 at 16:50
Olá! Sou mãe de uma menina de 8 anos e de um menino de 7 meses, trabalho em regime part-time. Quero ser uma mãe presente! Eles crescem rapidamente!!!
De qualquer forma também me faz bem “deixar” o papel de mãe e por algumas horas e ser apenas a Inês!
2017-07-22 at 22:50
Não há vergonha em ser mãe a tempo inteiro. Penso que também parte de nós esse constrangimento, porque está intrínseco na nossa sociedade. Já tive reações negativas e reações positivas. Uma senhora disse-me: ‘faz muito bem, aproveite cada minuto porque não vai ter igual’
Estou com o meu filho há 10 meses e todos os dias penso que já chega. Mas nunca chega! Todos os dias há coisas novas e acompanhar isto é do melhor.
Mas sou diferente na outra parte. Apesar de nunca sequer ter posto a hipótese de por o bebe na creche aos 5 meses, neste momento já sinto necessidade de ter tempo para mim e regressar ao trabalho (entro em pânico, porque o melhor sítio para ele é junto a mim, mas também posso ser egoísta e querer tratar de mim?!)’ Já fui visitar duas vezes a mesma creche, que adorei e o Baby ficou na boa (não me ligou nenhuma! ), mas ainda não consegui tomar a decisão.
São dúvidas constantes! Não porque a sociedade me olha de lado, mas porque estou dividida entre dar tudo ao meu filho ou dividir um pouco e sentir-me realizada profissionalmente…
2017-08-01 at 14:04
Adorei os vossos comentários e folgo bastante em saber que a mais mulheres na minha situação… Eu estou na mesma situação mas de um modo um pouco diferente eu tenho um menino que fez os 3 anos a pouco tempo e eu sinto que nem ele nem eu estamos preparados para a creche mas as pessoas insistem em chatear me por causa da escola do miúdo acho que ele é muito pequeno para andar em andanças de escolas…. Será que estou errada?
2017-08-03 at 18:35
sou funcionária pública trabalhava por turnos numa biblioteca, com cerca de 12 funcionários (só alguns faziam turnos, os outros estavam isentos), fui mãe em 2014, e pedi para sair dos turnos da noite à minha superior, credo, foi pior do que cometer um crime, não fui autorizada, parece que fiz o pior pedido do mundo, “não quero fazer noites, quero ficar com a minha filha de noite”,
2017-09-23 at 12:48
Olá! Sou mãe de um menino de 4 meses e cada dia penso mais que o lugar certo para ele nos primeiros tempos é junto de mim! Estou q ponderar demitir me mas não é uma decisão fácil. Mais tarde gostava de arranjar um part time ou alguns projetos que me permitissem estar mais presente porque o meu marido passa períodos fora (bastantes) e não tenho rede de suporte ao pé. Não consigo mesmo imaginar o meu filho na creche a passar lá umas 10h por dia… não, n foi para isso que decidi ser mãe!!! Queria perguntar vos que tipo de projetos, trabalhos sazonais fazem… ideias precisam se 🙂 obrigada!!
2017-09-23 at 20:43
Olá Mafalda :). Compreendo perfeitamente o que sente, não é fácil quando temos que deixar o nosso filho na creche, tão pequeno, tantas horas 🙁 também. Também vivi isso com o meu primeiro filho e não foi fácil! Quando engravidei pela segunda vez, já tínhamos tomado a decisão que eu ficaria em casa. Não é uma decisão fácil e, infelizmente, no nosso país, a maioria das famílias não se pode dar a esse luxo! É tão triste, deviam dar oportunidade a todas as mães de pelo menos estarem o 1o ano em casa. Aqui o que fizemos foi cortar em alguns gastos, abdicar de alguns luxos. Sabemos que não é fácil, mas enquanto pudermos, vamos continuar. Passa mesmo por fazer cortes, quando o orçamento assim o permite. Para já não estou mesmo a fazer nada, o meu plano era dedicar-me por inteiro à Laura no 1o ano dela. É muito difícil cuidar de um recém nascido e conseguir trabalhar de casa :/. A decisão foi ficar a tempo inteiro com ela e foi isso que fiz este ano. Para o ano vamos ver, vou começar alguns projetos meus, ligados ao blog. Há mães que se dedicam a vender coisas que saibam fazer, por exemplo 🙂 há algumas coisas que pode tentar! Força e um grande beijinho, espero que consiga realizar o sonho.
2017-10-12 at 23:45
Olá
Tive a sorte de ficar com as minhas filhas até aos 3 anos, porque sempre trabalhei de noite desde 2005, e tinha sempre quem me ficasse com elas durante a noite, de dia ficava eu. Aos 3, tanto uma como a outra entraram para a creche porque davam mais trabalho e eu precisava dormir para aguentar mais uma noite.
A minha opinião em relação a este assunto é muito simples: tens possibilidade de ficar em casa a tempo inteiro? Fica. Não tens, lamento. Aquilo que os outros pensam, falam, criticam, não vos paga as contas nem põe a comida na mesa. Ignorem, desprezem, se não alimentarem essas pessoas acabam por se anular a elas mesmas. Um grande abraço a todas as mães e respectivos pimpolhos. Sejam felizes e mandem o resto à M***a❣️❣️❣️
2017-10-24 at 11:49
Compreendo perfeitamente tudo o que escreveu! Desejava poder passar muito mais tempo com a minha filha! E Deus sabe o quanto me custou ter de voltar ao trabalho! O quanto chorei só de pensar que ia perder tempo de qualidade com a minha menina! Mas como estava desempregada tive de aproveitar a oportunidade! Se bem que apesar de inicialmente achar que tinha tido sorte por me darem trabalho com uma criança de 6 meses… depressa vi que não era bem assim! Pois obrigam a fazer fecho a maior parte dos dias, fora os dias que trabalho 10h, desde a abertura até ao fecho da loja! Pois! Porque se queria o trabalho não me iam dar as horas de amamentação! Então e o bom senso onde anda?! Só tento pensar positivo, pensar que tenho de dar graças ao dinheiro no final do mês para que nada falte à minha menina! Por muito que aprovem direitos… vamos continuar sempre a ser privadas disso pelas entidades patronais! Não digo que quisesse continuar a estar com ela 24h sobre 24h, mas no mínimo um trabalho com horário que me desse qualidade de vida e satisfação na vida familiar!
Beijinho e força!
2018-01-20 at 17:32
Olá não há nada que me deixa mais triste do que ter que ir trabalhar todos os dias de manhã cedo e deixar a minha bebé. Se eu tivesse possibilidade adoraria ser mãe a tempo inteiro. Todos os dias penso nisso as vezes com uma lágrima no olho estou a perder tanta coisa da minha menina custa tanto.
Por isso aproveite faz muito bem.
Beijinhos
2018-03-26 at 10:49
Estou exatamente assim… Mamã de um rapaz de 5 anos e uma princesa de 5 meses. Optei ficar em casa com ela e adiar a ida para o infantário. Em parte senti-me mal por fugir da rotina de trabalho e etc… Mas depois de ponderar bem e não achar compensatório, ponderamos q o melhor para a Luana era ficar com ela mais tempo. Tenho imensas mais valias, nomeadamente, acompanhar melhor os meus filhos e aproveitar o que não aproveitei com o Leo q foi para o infantário aos 5m. Temos de aproveitar… E muito pois o tempo foge entre os dedos. E quanto aos outros, q cuidem da própria vida 🙂
Beijinhos
2018-03-27 at 05:21
Revejo-me a 100% ! Eu moro em Londres e tenho um menino de 21 meses que tem a sorte de me ter sempre por perto. A licença de maternidade aqui é de 1ano mas os últimos 3 meses não são pagos. Durante a licença decidi não voltar a trabalhar porque com a minha profissão (enfermeira) implicava eu ter que trabalhar 12h por turnos e ter que pagar a alguém para ficar com o meu filho ( a minha família tá toda em Portugal) O marido apoia me a 100% e compreende me.
Moral da história a minha mãe já me começou a dizer que não tirei um curso para ser dona de casa e para isso não tava a fazer nada aqui em Londres.
Aqui é muito comum as mães ficarem com os filhos e não são olhadas de lado. E nunca podia fazer isso em Portugal pois o meu marido em Portugal nao ia ganhar o mesmo que ganha aqui.
2019-10-28 at 07:13
O meu filho tem 8 meses, e infelizmente no início do mês apanhou varicela, desde então tenho estado com ele em casa, mas só de pensar que tenho de rotomar o trabalho faz me ficar com o coração apertado pois, tenho filhos mais velhos e fiquei sempre em casa com eles até aos dois anos e, infelizmente com o meu bebe não vai ser possível fazer o mesmo. Eu as vezes dou por mim a perguntar a onde está o nosso estado que tanto pede o aumento da natalidade e, no entanto não faz nada para ajudar nos as mães, enquanto nos outros países ajudam os pais a ficar em casa com os filhos até eles irem para o infantaria a partir dos2/3 anos.