Acho que damos todos demasiada importância à felicidade. Passamos grande parte da nossa vida atrás dela e, talvez por isso, achamos sempre que ainda não a alcançámos. No sábado, estive num workshop com a Sofia, autora do blog Às nove no meu blog e saí de lá com uma missão. A missão de fazer alguma coisa por mim.

Olho à minha volta e as únicas pessoas verdadeiramente felizes que eu conheço, são os meus filhos. São as crianças no geral. Eles são felizes porque sim, não pensam sobre isso, não traçam planos para a felicidade, não esmiuçam a vida à procura do certo e do errado. Eles são felizes. Ponto. Não querem saber se lhes falta alguma coisa, porque felizmente têm tudo o que é essencial. Não pensam nas férias que podem não ter, aproveitam exatamente da mesma forma uma tarde na piscina do quintal da bisavó, como aproveitariam a praia do melhor resort do mundo. Eles simplesmente não querem saber.

Não querem saber dos outros. Não se preocupam com a vida de mais ninguém. Se tiverem amor, conforto mínimo, comida, estão felizes. Felizes mesmo a sério, daquela felicidade que a maioria dos adultos não consegue nunca atingir.

Não são falsos, hipócritas, não andam por aí a fingir que são outras pessoas. Não querem nada que não tenham.

Tenho pensado muito sobre isto de ser feliz e cada vez mais percebo que a resposta está neles. Eles só precisam de mim e do pai para estarem bem. Talvez eu só precisa deles também.

Preciso de me livrar de quem não importa, dos falsos amigos, do tempo perdido com tretas. Preciso de ganhar ainda mais tempo para eles, para mim, para a nossa vida. Está na hora de dizer adeus a muitas coisas. Coisas que cansam. Que já enjoam.

No final, mais leve, talvez seja também mais feliz. Não interessa, porque a felicidade vem quando não pensamos nela. Não pensamos, porque estamos demasiado ocupados a viver. Viver de verdade!