Entrei no mundo da maternidade há pouco mais de 3 anos e este é, provavelmente, um dos pontos altos da minha vida enquanto mãe. Olhar para os meus dois filhos e vê-los apaixonarem-se um pelo outro dia após dia.

Este tipo de amor. Um daqueles tipos de amor forte. Aqueles que, se tudo correr bem, duram para a vida inteira. Os irmãos são a pessoa mais parecida connosco no mundo. Partilham a genética. Parilham experiências. Partilham a casa. Os pais. O quarto. Parte da vida. O amor dos pais. O colo da mãe. São irmãos.

Sempre sonhei poder dar irmãos ao Gui. Vê-los juntos é esse sonho realizado. Cada dia os sinto mais unidos e próximos. Não passam um sem o outro. Adormecem juntos. Acordam e a primeira coisa que fazem é procurarem-se. Ele mais que ela, claro. Sempre que ela está a dormir a sesta, o Gui quer acordá-la.
E depois discutem. Ouvem-se gritos. Querem sempre os mesmos brinquedos. Querem o mesmo colo. Adoro vê-los brincarem juntos, mesmo quando se irritam um com o outro. Adoro os beijos que ele lhe dá, assim do nada. Adoro a forma como ela aprende com ele e o tenta copiar.

O amor de irmãos é assim. São ciúmes. São brinquedos que não queremos partilhar. É não saber estar um sem o outro, mas depois querer espaço. Amor de irmãos são birras e amuos, depois de abraços e beijos. É guardar sempre uma parte do gelado para partilhar quando um não está. Amor de irmãos é ter recordações em conjunto, para toda a vida. 

Quando temos dois filhos achamos que o nosso coração se vai dividir. Mas não. Ele apenas se enche de mais amor. Um amor pelo Gui, outro pela Laura e um diferente, que eu desconhecia, um que me faz amá-los juntos, amá-los enqaunto irmãos.