Se não fosse o pai, eu não seria esta mãe. Se não fosse ele dar todo o colo, embalá-los desde que nasceram, abraçá-los, cuidá-los, eu não seria esta mãe. Sou sempre a melhor mãe deles, porque temos este pai em casa. 

Se não fosse o pai, eu não teria crescido tanto enquanto mãe. Não teria sossegado o coração quando fui mãe pela primeira vez. Não podia ter dormido enquanto ele cuidava, não podia ter descansado enquanto ele fazia tudo à volta. Se não fosse o pai, não teríamos feito este caminho todo, em que todas as escolhas foram partilhadas, conversadas, em que sempre me senti ouvida, compreendida. 

Foi com o pai que descobrimos que partilhamos a mesma visão em tudo, temos o mesmo objectivo, fazê-los crescer com colo, mimo e atenção a mais, como nos dizem. É o pai que ouve, que se senta enquanto lhe leio mais um post não sei de onde ou uma opinião de um qualquer pediatra que eu idolatro. E ele escuta, ele entende, ele apoia. 

Foi por causa deste pai que a Laura nasceu da forma mais bonita que pode existir. E é por causa deste pai que eu amamento em livre demanda a Laura. Não é fácil, mas ele está sempre lá a dar apoio, a fazer o jantar, a cuidar do Gui, a levantar-se 100 vezes durante a noite. É ele que me me diz que eu consigo, todos os dias. Quando tenho dúvidas, é ele que me dá coragem. Porque é o pai que chega a casa e faz o jantar e quando eu digo que sou uma treta de mãe porque podia ter feito mais e ele não estar a cozinhar, ele responde que eu amamentei e cuidei da Laura, que já fiz o mais valioso. 

Para mim, seria impossível imaginar-me a ser esta mãe que sou hoje, sem ter este pai em casa. Sim, as mulheres são poderosas, as mães são incrivelmente fortes e conseguem tudo. Mas eu só consigo, porque os meus filhos têm este pai. 

Podemos ter discussões, estar em desacordo em tantas coisas, a vida até nos poderia afastar, mas o que eu tenho a certeza é que eu nunca seria mãe, sem ti como pai dos meus filhos. 

A culpa é tua, sempre que dizes que eu sou a melhor mãe do mundo.