Dica #9
Baixa a mão, bater é para quem não se quer dar ao trabalho de pensar!
Bater é a forma mais cobarde de agir. Todos sabemos isto. Quem bate é porque ficou sem alternativa, é porque não soube garantir o auto-controlo, não soube encontrar argumentos, falar, ouvir, discutir o assunto. Quem bate deixou de pensar, age de forma primária, sem grande consciência ou civilização. Podemos alegar que só estamos a “sacudir o pó” ou a dar uma palmadita na mão. Podemos não querer admitir, mas sim, isso é bater. Ser pai não é fácil, mas ser filho muito menos, ser criança num mundo desenhado para adultos não é simples. Fisicamente eles são mais fracos, mentalmente também. Se és tu o adulto, se és tu a parte consciente, se tu tens poder de decisão, se tu já deverias saber controlar emoções, então porque ages como criança? As crianças ainda não se sabem controlar, ainda não conhecem formas de mostrar raiva ou frustração sem ser gritar, chorar ou bater. O teu filho não está impossível, ele está só a ser criança, está só a passar por fases que é suposto passar, está só a testar os limites dele. Se vais deixá-lo por aí sem limites? Claro que não! Mas há um milhão de atitudes que podes ter antes de levantar a mão e bater. Às vezes, basta que pensemos antes, basta parar antes de agir, como em tudo na vida, isso vai dar-nos tempo de processar e encontrar uma alternativa. Se bateste, não te sintas mal, somos pais e erramos e nem sempre sabemos como agir, mas podes e deves tentar estar munido de formas de evitar que isso volte a acontecer. Ser mãe e pai é tentar sempre ser melhor, fazer diferente da próxima. Não basta dizer que também levaste muitas e estás cá. Bater só funciona no imediato e à tua frente, pensa como queres que ele seja quando não estás lá para bater. Pensa que se disseste que já bateste vezes sem conta e ele não mudou, é porque isso não está sequer a resultar.
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