Demorei algum tempo a deixar os “vinte e”. Talvez porque os últimos anos foram tão ricos, cheios, caóticos, bons e também difíceis. Alguns sonhos desapareceram com a chegada do que de melhor fiz na vida. Cresci de repente, fiz força 4 ou 5 vezes e tinha nos braços aquele que mudaria, para sempre, quem eu sou, a minha vida. Sinto todos os dias que sou quem eu sempre quis ser, mas também que já não sei exatamente quem sou.
Dizem que com os trinta chegam as certezas. As minhas certezas ainda não chegaram. Ainda não sei o que esperar de mim. Apenas sei que quando acordei hoje com 31, tinha comigo as pessoas mais importantes da minha vida. Não fiz muito até hoje. Não deixei a minha marca em muitos lugares. Não sou reconhecida por nada em particular.
Mas hoje faço 31 e tenho duas pessoas pequeninas que são parte de mim. Trouxe ao mundo duas vidas novas. Acho sempre que não faço nada de especial, mas depois olho para eles a rir, a falar, a aprender coisas incríveis, a pensar, a desafiar o mundo, a crescer dia após dia… eram dois bebés minúsculos que saíram de mim. E agora dão os seus passos neste mundo. Por isso, caraças, já fiz mesmo muito!
E são 31 que valem a pena, todos os dias.
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