Smile, because time flies (fotos 25 semanas)
Sem dar conta, estamos na recta final. Completámos ontem 39 semanas de Laura e eu sinto mesmo que o tempo simplesmente voou. Sim, é um facto, estou grávida há muitooo tempo, olho para trás e lá estou eu, grávida, quando o Gui ficou com aquela terrível gripe, no dia do pai, num workshop, quando a L. nasceu. Lá estou eu, grávida, na festa de aniversário do Gui, e na minha e da minha melhor amiga! Lá está a Laura no fim de semana pelo Alentejo há um século atrás. Lá estou eu grávida em Junho, a brincar com o Gui no jardim, e nas nossas férias, e na praia, e na piscina! Passou tanto, vivi tanta coisa, tantos momentos, um ano de Gui quase, ao lado dele a absorver tudo. A chuva foi embora com os dias escuros a cheirar a bolo de banana no forno, trouxe o tão aguardado calor, dias intermináveis, os chinelos no pé, a areia na boca, o cheiro a protector naquelas bochechas. Passou tudo a correr, parece tanto, vivemos tantas coisas, e a Laura sempre ali ao nosso lado, a crescer dentro de mim. Os dias mais frios voltaram, chegou o Outono e a minha barriga está enorme.
É muito isto. O tempo a passar. Eles, os nossos filhos, preenchem os dias, fazem-nos viver intensamente a vida. Fazem o nosso tempo andar ainda mais rápido, com novidades a cada instante, trazem sentimentos que desconhecíamos, fazem-nos correr por todo o lado, aceleram-nos o pensamento. Os filhos fazem-nos andar numa dicotomia sem fim entre querermos ver o próximo passo deles, vê-los crescer e interagir cada dia mais connosco e com o mundo….e querermos congelá-los, parar no exacto momento em que estamos para podermos aproveitar mais. Seria bom se pudéssemos andar para trás e para a frente com o tempo, voltar a reviver tudo, saborear a dobrar ou a triplicar, nunca seria demais vê-los serem pequeninos de novo, vê-los pela primeira vez vezes e vezes sem conta.
Passou a correr a ao mesmo tempo devagar Passou sem quase darmos conta, mas no fundo é como se ela já fizesse parte das nossas vidas há tanto tempo.
Estes últimos dias são mais vagarosos, como se de repente já não aguentássemos esperar mais. O Gui pergunta quando nasce a mana. Ontem apontou para o sofá e disse-me que ela se ia sentar ali ao lado dele. E eu olhei para o espaço vazio no sofá, o lugar dela na nossa vida já existe.
Estamos à tua espera Laura. Já sei, desta vez, que o tempo voa. Que estou hoje aqui a escrever estas palavras contigo ainda dentro de mim e, sem dar conta, vou estar a celebrar o teu primeiro mês. E tento relembrar a mim mesma uma vez mais para ter calma, esperar por ti, tudo a seu tempo, a viver cada instante, porque o tempo voa.
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