Passaste 27 anos da tua vida sem celebrar este dia. Até que chegou a vez de eu te oferecer a primeira prenda. “Pê de Pai”, são as palavras que pudeste ler na capa do livro que escolhi enquanto o Gui ainda não tinha nascido, mas já nos pertencia tanto. Porque és o meu Pê, e porque agora eras pai. Uma vez disseste-me que nasceste para ser pai e os meus olhos encheram-se de lágrimas. Como pode alguém que nunca conheceu este amor, ser um pai tão incrível?

Sabes uma coisa? Eu acho mesmo que nasceste para ser pai. Que este é o papel da tua vida.

És o pai que está sempre. Com eles. Comigo. Desde o dia em que soubeste que ias ser pai, que nunca mais foste outra coisa. Não perdeste uma consulta. Quiseste saber tudo. Mudaste de opinião comigo. Ajudaste-me a fazer escolhas. Foste tu quem pegou no nosso filho em primeiro lugar e foste tu quem me apoiou ao máximo para que eu fosse a primeira a pegar na nossa segunda filha. És sempre tu. És o pai que me ensinou a mim a mudar fraldas. O pai que discutiu comigo para ir também atrás junto a ele quando andamos no carro, porque normalmente são a mães que vão. És o pai que fica noites acordado. Que nunca lhes negou um colo. O pai que brinca até à exaustão, que os faz rir perdidamente. Que cuida quando estão doentes, que os adormece com histórias e embalos. Tu inventaste uma música para cada um deles e, não sabes, mas enquanto os embalas e a cantas baixinho, o meu coração sossega. Adoras pentear os cabelos da Laura. Sabes tudo sobre dinossauros e o Gui admira-te como a mais ninguém.

És o pai que qualquer filho desejaria ter. És o pai do Gui e da Laura. És o pai que qualquer pai teria orgulho, disso eu não tenho a menor dúvida.

Feliz dia do Pai. Podemos nunca festejar mais datas cá em casa, mas este dia nunca passará em branco. Porque podes ter passado uma vida sem gostar deste dia, mas há 4 anos que eu faço de tudo para te mostrar o quanto este dia pode ser especial.