Eu consigo ver-te. Vejo-te acordada a meio da noite, quando precisavas tanto de descansar. Eu consigo ver-te chorar em silêncio, são tuas as lágrimas, para não serem as do teu bebé. Eu sei que te sentes só nesse momento. Perdida. Enquanto encostas a tua cabeça na cama e o vês dormitar nos teus braços. “Shhhh, não digas isso, a culpa não é tua. Não faz mal, eu sei que disseste uns disparates, não te preocupes, ele não escutou, ele sabe que estás cansada”.

Eu consigo ver-te, como uma guerreira que se sente derrotada, mas que no fundo, é a maior das heroína. A verdadeira. Eu consigo ver-te, mãe que choras calada durante a noite.

Mas não estás sozinha. Não estamos sozinhas. Somos muitas.