Volta e meia vão poder encontrar por aqui uma sugestão de leitura, quer para pais, quer para os pequenotes! A primeira sugestão acaba por ser para ambos ao mesmo tempo. O livro “Os bebés também querem dormir” da Constança Cordeiro Ferreira é, para mim, uma das bíblias da maternidade. Se estás grávida? Então este livro é para ti! Se és recém mamã? Este livro é para ti! És pai? Então lê este livro porque te vai ajudar muito, quer na ligação ao teu filho, quer à mãe do teu filho. És a avó, a amiga ou a professora? Então este livro também é para ti.
Quando estamos apaixonados, dormimos muito menos. Somos capazes de fazer quilómetros debaixo de um temporal para estarmos só uns minutos com a pessoa que amamos. O amor move-nos, alimenta-nos, dá-nos vontade de dançar e cantar. Anos mais tarde, quando relembrarmos os primeiros tempos de um grande amor, não é do sono ou do cansaço que nos vamos lembrar: é dessa paixão louca, do coração a bater mais rápido, dos cheiros e das músicas. Isso é a ocitocina.
Constança Ferreira, Os bebés também querem dormir
Basicamente são quase 300 páginas de amor puro, “amor em estado de letras”. Cada linha vai fazer-vos ficar mais apaixonados e maravilhados com o mundo mágico da maternidade. A Constança Ferreira, mais conhecida por fada do bebés, tem este dom maravilhoso de nos transportar, de nos levar nas doces palavras dela numa viagem que vos vai transformar. Adoraria ter lido este livro quando estava grávida, infelizmente ainda não existia. Adorava, genuinamente, ter conhecido a Constança mais cedo e entregar-me-ia cegamente nas mãos dela na preparação para o parto.
Depois de tantos livros sobre como adormecer o nosso filho das piores e mais perversas formas possíveis, este livro surge como uma lufada de ar fresco! A Constança não vos ensinará a adormecer o vosso bebé em x dias, felizmente! Mas vai ensinar-vos a ouvir a vossa voz interior, sim, aquele instinto de mãe que todas temos mas que teima em permanecer adormecido no meio de tanto ruído exterior.
Neste livro vão começar por conhecer um pouco mais sobre a história dos bebés, o período de exterogestação e o que podemos esperar cá fora. O período pós-parto é tratado com uma enorme delicadeza e talvez sintam, pela primeira vez na vida, que alguém entende exactamente pelo que estão a passar, desde os medos, ao baby blues e ao desespero de não saber lidar com o choro do nosso bebé. Vão encontrar a resposta para a pergunta “porque choram os bebés?” e porque é tão importante estarmos lado a lado com ele, sempre ao colinho, sempre com amor. A sabedoria mais valiosa que este livro vos deixará é como lidar com o sentimento de culpa, vai ajudar-vos a perder o medo de dar colo a mais, mimo a mais, amor a mais. Vai mostrar que amamentar e amar o nosso bebé tem tanto de instintivo como de científico e que algo muito único e mágico acontece quando entramos num estado de ligação total, e nos apaixonamos pelo nosso filho. O último capítulo é finalmente sobre o sono, depois de termos compreendido tudo sobre o nosso bebé, sobre o quão importante é criar as condições de segurança necessárias, aí sim falamos sobre sono, sobre técnicas e sobre os motivos pelos quais muitos bebés não dormem como esperávamos.
A Constança já esteve com o Gui ao colo, tinha ele 13 meses e meio. Fomos conhecê-la em Junho, íamos passar por Lisboa, o Gui dormia pessimamente apesar de dormir sempre connosco e de nunca o termos deixado sozinho, e eu tinha acabado de devorar o livro dela. Se acham o livro dela encantador, esperem até a conhecer. Tudo no espaço do Centro do bebé é especial, ficam de imediato mais calmos, a voz dela é como uma canção de embalar os bebés. Seguimos as dicas preciosas que ela nos deu, concluímos que muito já fazíamos bem feito, ficámos só mais confiantes e mais seguros que estamos no caminho certo.
Boas leituras!
2016-01-21 at 03:09
Antes de mais o teu Gui é qualquer coisa de amoroso e ternurento. Um AMOR de bebe. Estou apaixonada :)) que filho lindão!
Depois, uma vez mais vieste realçar um óptimo tema. Esse livro veio numa altura em que a Maria estava a passar pelo famoso “pico de crescimento” aos 3 meses. 15 dias que cada vez que escurecia era um terror para dormir (chorava horas a fio ao colo, no berço, na alcofa, onde quer que fosse, chorava e chorava). Um amiga da minha mãe não me o poderia ter oferecido em melhor altura. Foi quase a minha tábua de salvação e um tirar de peso de cima dos ombros quando alguém, experiente e devidamente formado para tal, nos indica que dar colo e mimo a mais não tem nada de mal, pelo contrário! Aliás, eu sempre defendi a opinião de que nunca é “a mais”.
Uma vénia desde já à Constança. Alguém escreveu num livro tudo aquilo que eu sempre defendi. Mas que infelizmente numa sociedade cada vez mais “autónoma” somos criticadas por criarmos os filhos “à antiga”. Aliás, em relação a mim eu comecei por ser criticada na maternidade (no meu caso no Hsp da Luz) quando a enfermeira reparou que eu tinha a Maria a dormir não no berço, mas nos meus braços. Aquela senhora habilitou-se a umas valentes lambadas, em meter-se com uma mulher acabada de parir e com as hormonas a baterem palmas em todos os poros do corpo. Então temos um bebé dentro da barriga 9 meses, mal sai cá para fora sou obrigada a colocá-la num poiso de plástico porquê? Porque é que não lhe posso proporcionar o mesmo calor e bem-estar que proporcionei na barriga? Mas está tudo doido? Um bebé com menos de 24 horas já tem de estar sozinho? Eu só pensava que estava tudo doido à minha volta, a sério. E sublinho, eu própria não me queria separar da bebé. Para mim estava a ser como arrancaram-me um braço.
Depois as criticas seguiram-se entre membros da família, e já cheguei a ouvir amigos dizerem “que mãe galinha” só porque eu socorro a Maria ao primeiro “ai”, pois na maior parte das vezes nem a deixo chegar ao choro. Já sei o que ela quer, para quê deixa-la chorar??
Essas mesmas pessoas que hoje, quando estão connosco, me dizem “bolas a tua bebé é fantástica, uma tarde inteira com ela e ninguém dá por nada, ninguém a ouve a chorar, está sempre serena”. E eu respondo com aquela cara do “pois, quem tinha razão…?”
E pronto, uma vez mais um testemunho gigante, mas é sempre bom saber que temos com quem partilhar da mesma opinião. Um beijinho nosso 🙂
2016-01-21 at 13:35
Obrigada, uma vez mais, pelas tuas palavras! E por me deixares ainda mais mãe babada <3 <3!
Adoro ler o que dizes porque parece que pensamos igual em tantos aspectos e ainda bem que o livro te ajudou, acho que a Constança tem mesmo este poder de entrar na nossa vida e na nossa mente e descansar-nos o coração <3! Parece-me tão mais simples seguir este caminho, um caminho que não nos vai nunca fazer deixar o nosso filho chorar para ser melhor e mais forte, é tão triste esta ser a nossa sociedade actual! Socorrer o nosso filho ao primeiro ai como dizes, corre-nos no sangue, é o que é suposto uma mãe fazer, é o nosso instinto!
Identifico-me mesmo muito com a parte em que depois comentam que a tua bebé é fantástica, até já pensei escrever sobre isso. O Gui tem dias e também faz as “asneiras” dele, mas é de facto um bebé diferente, que alinha em tudo, que está sempre bem, eu costumo dizer que passo dias sem o ouvir chorar, e juro que isto é real! Acho que quanto mais meses passam, mais certezas eu tenho que estou no caminho certo!
Beijinho grande para vocês :)*
2016-01-21 at 11:57
Excelente post!
Nos fóruns e grupos de mães do fb falavam maravilhas deste livro.
O meu D tinha +/- 4 meses quando o comprei pois achava que acordar de noite de 3 em 3, 2 em 2h era muito cansativo e ansiava que quando fosse trabalhar parecesse uma zombie, e queria uma ajuda sem ser o método (horrível para mim) de “deixar chorar até adormecer”.
Felizmente nem precisei acabar de ler o livro pois no dia em que comeu a primeira papa foi o dia que dormiu a noite toda. Bendita papa!! Contudo, mantenho-o por perto e sempre que posso vou lendo umas páginas pois ajuda ler situações pelas quais passei e compreender que tudo é normal…
Agora, com 6m o D continua um bebé super calmo, adormece sozinho, dorme a noite toda, é o meu anjinho 🙂
2016-01-21 at 13:37
Obrigada :D!
Que bom que encontraram essa harmonia 🙂 e acima de tudo, fico muito feliz por ter sido este o meio de ajuda que procuraram e não outros tão duros e violentos para os bebés! Espero que o teu D continue assim 🙂 eles são sempre os nossos anjinhos <3
Beijinhos
2016-01-21 at 13:27
Olá. Também sou mãe de um Gui mas mais pequenino. Completa dia 25 quatro meses.
Li o livro da Constança ainda grávida e fez toda a diferença. Foi aquilo que precisei para ter certeza de que o que sentia como sendo o correto (dar muito colo e muito mimo) era o caminho a seguir. As noites não são todas boas nem sequer ainda dorme uma noite seguida. Mas perceber que acordar de 3/3 ou 2/2 horas é normal e não há nada de errado na forma como fazemos as coisas é um alívio e meio caminho andado.
Conheci a Constança num workshop e as palavras dela trouxeram me o alento que eu precisava. O meu parto foi uma desilusão e o que ela dizia ia encaixando nos pedacinhos em que me ficou a alma até as lágrimas me chegarem aos olhos. Nesse dia percebi que foi o colo do meu filho que me salvou e me deu o alento que eu precisava para continuarmos juntos esta jornada.
Parabéns pelo blogue. Um beijinho da Sara e do Gui.
2016-01-21 at 13:49
Que palavras tão bonitas e genuínas <3 obrigada pela partilha!
Acho que é muito isso, a Constança sossega-nos o coração e faz-nos ver que estamos no caminho certo, dá-nos a segurança que tanto precisamos naqueles primeiros tempos de ansiedade e medos.
Não há nada melhor do que sermos salvos por darmos colo ao nosso filho, o amor por eles cura tudo.
Um beijinho para os dois, em especial para o pequeno Gui <3
2016-01-22 at 13:11
Olá Andreia. Obrigada pela tua partilha. Revejo-me muito naquilo que dizes. Apesar de nunca ter lido o livro da Constança na integra, já o folheei e identifico-me plenamente com a sua forma de estar com os bebés. Só conheci o livro quando o meu filho já tinha quase 1 ano, mas senti imediatamente que estava no mesmo comprimento de onda e que andávamos no caminho certo. 🙂 Nunca me fez sentido deixá-lo chorar ou tentar “treiná-lo” a dormir. Hoje ele tem 15 meses e a nossa situação parece-me semelhante à do teu Gui. Continua a acordar algumas vezes durante a noite (umas piores, outras melhores, como de certo saberás :)), isto independentemente de dormir connosco e de o confortar com a mama sempre que me precisa durante a noite (isto porque ainda o amamento.)
Já pensei (e tentei) visitar a Constança algumas vezes, mas como não sou de Lisboa, não tem sido fácil. Sempre que ela vem ao Porto, fica rapidamente esgotada e não tenho conseguido. Escrevo porque te queria perguntar mais especificamente como correu o atendimento que tu e o Gui tiveram com a Constança e quais as dicas que ela te deu. A maioria das partilhas que vejo são de mães que têm bebés recém-nascidos e a tua chamou-me atenção precisamente por causa da idade do teu pequeno.
Obrigada pela partilha.
2016-01-25 at 11:07
Olá Vanessa :)! Que bom que para ti faça tanto sentido que assim seja e que o mais natural é o teu bebé ser confortado e não ser deixado a chorar :), sem dúvida que estás na mesma onda da Constança <3!
Em relação à Constança, eu liguei para o centro do bebé e agendei uma consulta com ela, foram super amáveis, tentaram ajustar datas para ser quando iria estar em Lisboa, enfim, tenho só maravilhas a dizer! Depois por um grande motivo, a Constança não iria estar disponível da primeira data que combinámos e foi ela directamente que me ligou! Atendi o tmv e era ela a explicar-se, como vês, ela é fantástica! Recebeu-nos e também nos disse que normalmente lida com bebé mais pequeninos, é quando surgem mais questões relacionadas com o sono e choro. Deu-nos dicas sobre horários para dormir, dicas para o ritual de deitar, pediu-nos para arranjarmos um “bebé” ao Gui (daqueles nenucos fofinhos).No nosso caso em particular ela disse que o Gui era uma criança muito atenta e que tinha dificuldade em “desligar”, por isso a sugestão dela era ir diminuindo os estímulos maiores, mais parto da hora de dormir. Sinceramente, algumas dicas colocámos em prática, outras nem chegámos a precisar porque de uma forma muito natural ele passou a dormir melhor, acredito sinceramente que todos eles têm o seu tempo e no que a Constança mais me ajudou foi a confiar em mim, no que eu sinto, no que o meu instinto me dizia…penso que quando eu relaxei e aceitei que ele não dormia, foi quando ele dormiu melhor :)!
Beijinhos