Há um prazo socialmente aceitável para sermos aquela mãe que está em casa, aquela mãe que amamenta sempre e em toda a parte, aquela mãe que não deixa os filhos para ir a lado algum. Não tem mal ser-se diferente disto! Podemos ser a mãe que quisermos, a mãe que achamos melhor, a mãe que sentimos que os nossos filhos precisam, a mãe que nos sentimos bem a ser. No entanto, já percebi que a mãe que eu sou tem um prazo de validade e está quase no fim!

Quase todos os dias alguém me diz que está na hora de pensar em trabalhar, que a minha filha ainda mama demasiadas vezes, que não posso dar-lhe tanta atenção. E não, não estou a inventar, são situações reais, por vezes de pessoas que mal me conhecem, outras de pessoas próximas. A Laura mama praticamente o mesmo número de vezes desde que nasceu, mama é menos tempo, e isto ainda choca muita gente. Como é que eu podia ir trabalhar ou sair por mais dias, sabendo que ela, nesta fase da vida, precisa de mim a toda a hora? Sim, é certo que se habitam, eu tenho essa mesma experiência anterior e correu tudo bem. Mas é por acreditar que o melhor para ela é estar mais tempo junto a mim, mais tempo em casa, por eu sentir que o melhor para ela é mamar até querer, ter-me sempre à disposição, por eu saber que o colo a toda a hora também termina, que esta dependência deles é curta, é por saber tudo isso que eu sou esta mãe e que eu fiz esta escolha. Se tenho dias difíceis? Muitos! Se trabalhar era infinitamente mais fácil do que estar 24h em casa? Sem dúvida! Mas nunca me arrependi desta escolha.

A Laura é uma bebé. Tem 11 meses. Vai fazer 1 ano. E isso é o quê? Maioridade dos bebés? Está na idade de largar a mama? Está na hora de se fazer à vida dela? De aprender que isto da vida não é só colo da mãe e mimo? Precisamos mesmo mudar mentalidades! A começar por nós, as mães.Ser mãe não tem prazo de validade. O amor pelos filhos é vitalício.

Na foto: Meu Tai lindoooo da My Sol que podem encontrar na Carregados de Amor com desconto! Aproveitem!