Ser mãe muda-nos por completo. A nossa vida. A forma como pensamos. O tempo que temos disponível. O novo tipo de amor que descobrimos.

Eu acredito que sermos mães, com o apoio de outras mães, torna tudo mais leve, mais fácil. Faz-nos tão bem quando encontramos, no colo de outra mãe, o abrigo que precisamos naquele instante. Eu sigo, nas redes sociais, várias mães com as quais me identifico, com as quais partilho parte do meu dia. São elas que, por vezes, me fazem sentir melhor naqueles dias em que tudo parece estar a falhar. Ou é nelas que encontro a inspiração que tantas vezes preciso. Podemos seguir o nosso caminho, ouvir o nosso instinto e sermos exatamente a mãe que queremos ser e que os nossos filhos precisam. Mas também é bom quando nos cruzamos com a vida de outras mães, que acabam por fazer parte da nossa.

Desafiei algumas dessas mulheres incríveis, mães que me inspiram, com as quais me identifico, todas elas super-mães, empreendedoras, com caminhos e escolhas com as quais me identifico tantas vezes e que, mesmo sem saberem, já me ajudaram tanto quando mais precisei.

Sintam-se inspiradas <3

Facto: só estás realmente preparada para ser mãe, depois de ser mãe. Ser mãe é um brincar ao quarto-escuro, em que andamos às apalpadelas para encontrar algo. E quando o encontramos e ligamos a luz, parece tão fácil, uma coisa que nos levou tanto tempo a conseguir, provavelmente batemos com o dedo mindinho do pé na esquina da cama e ainda demos uma cabeçada na estante. É então que chega o segundo filho e achamos que isto está no papo. Só que não. É outro quarto escuro, completamente diferente, à procura de outra coisa completamente diferente, e desta vez temos que o jogar ao pé coxinho. Portanto, de nada vale toda a ansiedade em ser perfeita, em ter respostas imediatas, em acertar à primeira, numa maternidade sem culpas e sem remorsos. Porque no final, só estamos prontas para lidar com todos os percalços que a maternidade nos traz, depois de os ultrapassar. Em suma, nunca estamos realmente preparadas para sermos mães. Vamos sendo.
Leonor Cício, autora do blog Na Cadeira da Papa

Acho que a maioria das mães que segue blogs, conhece o blog Na Cadeira da Papa. As receitas da Leonor fazem parte do nosso dia-a-dia cá em casa. Descobri o blog perto do primeiro aniversário do Gui e nunca mais o larguei. Depois veio o livro, que ainda hoje é uma espécie de Bíblia na hora de cozinhar e um dia, surgiu a conversa, depois cada vez mais conversa e a descoberta de tantos pontos em comum. Trocamos muitas ideias sobre alimentação e um bocadinho sobre tudo, porque sabe tão bem falar com pessoas assim. A Leonor tem 3 filhos e consegue, ao mesmo tempo, fazer tanta coisa e essa é também uma das razões pela qual eu a admiro.

Ser mãe é aceitar o mundo virado do avesso e tentar equilibra-lo, todos os dias. É aceitar que há coisas que não podemos mudar e mostrar aos nossos filhos que eles podem mudar o mundo, se quiserem. É carregar às costas os grandes pesos para que tudo se torne mais leve. E é sorrir sempre, por eles e com eles. É agradecer. O mais que pudermos e abraçar este tempo deles que por agora é também nosso. Amar, beijar, viver.
Maria Ana Ferro Alvim, autora do blog A Mãe já vai.

O blog A mãe já vai, é assim aquele blog do coração. Apaixono-me sempre pelas palavras da Maria Ana e adoro a forma genuína como ela se mostra sempre. É raro não me identificar com o que ela escreve e é daquelas pessoas que nos entra pela vida adentro e nos fica no coração. Uma mãe real, mãe de três, mãe a tempo inteiro. Uma mãe tão, mas tão bonita.

A super mãe que ninguém é

Não pensava muito na maternidade antes de querer ser mãe. Para além de saber como se faziam os bebés, pouco mais me ocorria sobre o tema. Quis ter filhos quando me pareceu que estava preparada para criar um ser-humano de raiz e lançá-lo assim para o meio do mundo na tentativa de que ele conseguisse transformar isto num lugar melhor. Acho que é mesmo essa a minha perspetiva sobre a maternidade: espírito de missão. Mas como em tudo na minha vida sabia que não ia ser perfeita nesta tarefa e passei nove meses a tentar capacitar-me para que isso não me transtornasse. Tem corrido bem. Já houve dias em que me apeteceu mandá-lo pela janela, dias em que chorei sem motivo, dias que sobraram em compromissos e falharam em tempo, e sabem porquê? Porque não sou uma super mãe mas, adivinhem lá, ninguém é! Existem mães espetaculares, mães que se desdobram em mil empregos para dar tudo o que podem, mães que contma com a ajuda da família para tratar da cria, e outras que levam a bola para a frente completamente isoladas, mas –  choquem-se as perfecionistas – qualquer uma delas será a mãe que o seu filho precisa. És suficiente para ele e ser suficiente não te menoriza, só te põe no teu lugar: o de mãe. Aproveita!
Filipa Galrão, autora do blog Mojo Pin

Comecei a seguir a Filipa há relativamente pouco tempo, mas adoro a forma descomplicada como escreve. Acima de tudo, é o exemplo de uma mãe empreendedora que eu tanto admiro. Lançou, recentemente, uma marca muito, muito especial, a Mamii, desenhada a pensar nas mães, grávidas e que amamentam. A Filipa tornou o sonho dela realidade e veio trazer mais beleza a cada um de nós mães. Além disso, é locutora de rádio, autora do blog Mojo Pin e uma super mãe cheia de boa energia.

Depois vejo os três. E há dias em que quando são horas de estarem todos e eu já eu estou em modo de atropelada pelo camião e a desejar o instante em que deito. Mas vê-los, assim irmãos, em mimos e felizes.

Parecendo uma contradição, nada me alivia dores de cabeça como ouvir música muito alto. É como, parecendo uma contradição nada me me descansa como treinar. É muito mais fácil levantar 82,5kg, três vezes cinco com menos de dois minutos de pausa entre séries, do que responder às solicitações de todos os dias.

A casa cheia de barulho e brinquedos espalhados – o que juntamente com o meu feitio obcessivo leva a um segundo atropelamento sem recuperação do anterior – e música, e parvoíces e gargalhas.

Eu não sabia que ia gostar tanto dela. Nem deles. Nem disto de ter uma família. Mas gostar de um filho é assim. E estou infinitamente agradecida.
Catarina Beato, autora do blog Dias de uma Princesa

A Catarina é aquela mulher que eu acompanho há anos e com quem já me identifiquei em fases tão distintas da minha vida. Primeiro, ainda longe da ideia de ser mãe, tantas vezes a li durante a minha luta pela perda de peso. Mais tarde, descobri que ia ser mãe pela segunda vez, e já a Catarina estava grávida da Maria Luiza. Os blogs e as redes sociais têm este poder de nos dar a impressão que conhecemos muito bem alguém, mesmo sem nunca a termos visto, aquela ideia de quase já sabermos como são na “vida real”, faz-nos sentir vontade de abraçar. No dia em que conheci a Catarina, percebi que ela era aquilo que mostra. E senti vontade de a abraçar. Uma mulher linda, cheia de força e que eu adoro! As palavras que escreve, os vídeos que partilha, a mensagem que transmite, é tantas vezes o meu porto de abrigo nos dias menos bons desta viagem da maternidade.

Tu és um ser importante, único, és alguém mas só existes graças ao pipi da tua mãe!

É a prova que uma mãe pode fazer tudo o que os outros fazem mas os outros jamais podem fazer o que fez a tua mãe – gerar-te no seu corpo, fazer-te nascer e amar-te apesar do que a fizeste sofrer!

Ser boa mãe é nutrir o filho o suficiente para que se sinta amado e destrambelha-lo o quanto baste para que viva esta vida sem enfado!

A única certeza que os meus filhos podem ter sobre o futuro é que serão sempre amados e cuidados pela sua mãe, irei controlar o tempo que jogam Playstation mesmo quando me for para o além!

Há coisa mais chata, inexplicável e inabalável que o amor de uma mãe?

É que é algo que mais ninguém tem!

Feliz Dia da Mãe!
Rita Santos, autora do blog E eu que só queria um casalinho

A Rita é aquela lufada de ar fresco neste mundo dos blogs de maternidade. Aquele blog que, mesmo nos dias em que mal tenho tempo de ler uns títulos aqui e ali, me prende do princípio ao fim. Adoro o humor com que escreve, a transparência, e por trás das gargalhadas que me arranca quase sempre, encontro tantas vezes aquela sensação de me identificar com o que ela escreve. Só que em vez de 2, a Rita tem 4 filhos e, só por isso, é assim a minha grande heroína!

Ser mãe mudou-me profundamente. Passei a viver muito mais por e para outros umbigos do que para o meu, e isso fez me encontrar sempre, em cada dia pequenos motivos para fazer uma festa!
Andreia Vidal, autora do blog Pais criativos, filhos felizes.

seguia o blog, mas foi desde que fiquei em casa com a Laura a tempo inteiro que este começou a ser um mundo de inspiração para mim. Um blog recheado de ideias criativas para fazermos com os nossos filhos, mas não só. Dicas, livros, bons exemplos e muito amor. Obrigatório a todos os pais com filhos. 

Feliz dia da Mãe, a todas as mães!