O Gui tem andado numa boa fase. Eu podia dizer muito mais. Mas digamos apenas fase.
No fim do dia, quando o deitamos e depois de ler a história, falamos sempre um bocadinho. Pode ser sobre os livros que lemos, sobre a creche, sobre nós, sobre parvoíces que nos lembramos, depende do dia. Se eu não começo logo a falar ele já diz “vamos conversar mãe”.
Um dia destes falámos sobre o que ele fez de especial naquele dia, sobre o que aconteceu, respondi a perguntas dele e perguntei-lhe se estava orgulhoso de si próprio, se estava feliz.
“Sim, estou orgulhoso”
“Porquê Gui?”
“Porque eu gosto muito de mim. E tu?”
Eu também gosto mesmo muito de ti, filho! E desejo que gostes assim de ti próprio pela tua vida fora. Não há nada melhor.
Gui, 37 meses
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