Fazes hoje 18 meses, a nossa Laurinha. Tu és o capítulo que faltava no nosso livro, na nossa história. Desde o instante em que soube que vinhas a caminho, que a nossa vida melhorou, para tão melhor. Vieste mostrar-me que eu sou capaz. E nunca te vou conseguir agradecer o suficiente por isso. Contigo tenho vivido os meses mais intensos e desafiantes da minha existência e não mudava nada, a não ser que pudesse reviver-te vezes sem conta.

Tu és aventureira, despachada, independente, rebelde. É o meu colo que te abriga de tudo e ainda não sei muito bem o que serás longe dele, mas todos os dias me dás provas que o mimo, a minha presença constante, o colo sem fim, só te tornam mais confiante e segura. Tu trepas por todo o lado, é a ti quem eu encontro em cima da mesa da sala em pé, ou no jardim de cabeça para baixo. Exploras tudo sozinha. Ficas entretida com os teus pensamentos tantas vezes e eu adoro isso em ti. Tens uma energia quase inesgotável, caminhas por todo o lado, já consegues correr, do alto dos teus 18 meses. Falas tanto! Não te calas um segundo, ainda não consigo compreender tudo o que dizes, mas já te explicas tão bem. “Qué manê” (quero maminha) é a frase que mais dizes ao longo do dia. Pegas na minha mão e dizes “senta” para eu me sentar e me subires para o colo. Apetece-me gravar-te o dia inteiro, só para nunca me esquecer das coisas incríveis que fazes e dizes. Não perco nenhum instante teu, e mesmo assim, às vezes, sinto que é impossível registar tudo. Tens um sorriso que me deixa quase sem forças. Podes estar no teu mundo, a correr, a brincar, distraída, mas sempre que o teu olhar cruza o meu, fazes o sorriso mais bonito e transparente que eu já vi na vida. Adoras o mano, já brincas tanto com ele. Queres fazer tudo o que ele faz e já te irritas com ele quando queres alguma coisa e não consegues. Adoras dançar, não podes ouvir música que começas imediatamente a saltar e a chamar-nos para dançar contigo. És um bocadinho viciada nas músicas do panda e continuas louca pela patrulha pata desde que vimos o espetáculo ao vivo. Enches-nos de beijos e abraços. Adoro como adormeces na maminha com uma mão a fazer-me festinhas na cara ou no cabelo. Ainda não dormes uma noite completa, aliás, ainda não dormes 3 horas seguidas, mas não faz mal, tu vales tudo isso, todo o sono perdido.

És a nossa Laurinha. A menina dos caracóis. A nossa bebé pequenina.

Tenho tantas saudades tuas, e nunca te deixo por mais de 1 hora. Talvez porque, muito provavelmente, és o meu último bebé e eu queria tanto aproveitar-te mais ainda.

Tens 1 ano e meio e, se eu pudesse pedir um desejo, pedia para seres sempre tão feliz como és hoje.