Como é que passaram mais 365 dias da nossa vida sem quase darmos conta? Cada vez tenho menos resoluções de ano novo, porque com eles, aprendi a fazer cada vez menos planos. O meu maior objetivo de 2017 era estar em casa com a Laura durante 1 ano, sem saber bem o que isso me iria trazer e como nos iríamos sentir com essa decisão. Foi um dos anos mais preenchidos da minha vida. Estive com os meus filhos quase todo o tempo possível, deixei muito para trás, confiante que este seja o caminho certo, aquele que me permite aproveitar o mais importante e o que mais rápido nos escapa. Foi também o ano mais desafiante a nível pessoal, fez-me abrandar, redefinir objetivos, fez-me repensar prioridades, e há quem pense que foi a opção fácil, mas foi, sem dúvida, a mais difícil e a que mais me testou os limites. Tenho aquela impressão que 2017 foi o ano mais curto da minha vida. Depois quando olho para trás, tenho consciência do quanto vivemos, do quanto os meus filhos cresceram e mudaram em apenas 365 dias.

Para 2018, o que mais desejo é saber viver. Saber deixar mais vezes de lado aquilo que não importa, o que não me traz felicidade. Dar menos atenção a pessoas que apenas consomem a minha energia, que me desgastam e que somente nos trazem sentimentos menos positivos, para poder apostar tudo de mim em que mais importa. Saber deixar de desperdiçar alguns dias. São apenas 365. Não são tantos quanto achamos. Temos 365 dias de um novo ano para sabermos dar mais valor ao nosso tempo, aos nossos filhos, a quem mais nos ama. Para o ano, todos seremos um ano mais velhos. Todos teremos menos 365 dias da nossa vida. O meu objetivo é tentar usá-los bem, chatear-me menos com coisas sem importância, olhar mais para o outro lado e não apenas para o lado menos bom, queixar-me menos e agir mais, sorrir mais, ser mais positiva.

Que venha ele. Um ano em branco, prontinho a estrear. 365 dias novos. Com tudo ainda por revelar. 2018, estamos prontos.