São o meu oxigénio. O ar que eu respiro. São o que me move. Sim, eu sei, não podemos viver só para eles. Mas é por eles que eu vivo. A minha vida não são apenas eles, mas são eles que me dão vida. Não quero que eles vivam para mim, quero que vivam para o mundo, que sejam livres. Mas também quero que saibam que são loucamente amados. Quero que voem alto, mas saibam onde podem sempre pousar, se assim precisarem. A nossa vida tem sido infinitamente mais caótica com os dois. Mas não há forma de descrever o quanto o meu coração se enche de forças quando os vejo juntos. Fazem um sem fim de disparates. Ele incentiva-a a subir as escadas. Ela só quer ser como ele. Às vezes, ele zanga-se com ela. Às vezes, ela está zangada, porque ele ocupa o espaço dela, porque ele é mais rápido e mais forte. Mas, no final, só consigo lembrar os abraços, os beijos (ainda que brutos), as palavras, as perguntas que ele me faz sobre ela, as vezes que ela chama por ele. Ele perguntou-me se pode dormir com ela. Ele já me disse que adora a mana. Diz aos meninos no parque, aos amigos da escola “olha a minha mana tão fixe”. Ele tem uma memória fabulosa, mas ontem viu uma fotografia onde só estava ele e, de repente, não sabia porque a Laura não estava na fotografia. Ele não entende. Ele já não se lembra de não ter irmã. E isso é lindo. ❤️
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