Amanhã, será o dia em que muitos pais deixarão o seu filho, pela primeira vez, na creche. Já o fiz uma vez. Entreguei o meu bebé com 5 meses nas mãos de outra pessoa. Ele sorriu. Observou. Pareceu ficar bem. Eu fiquei de rastos. Doeu. Mas não foi esse o dia em que doeu mais. Doeu depois, muitas vezes, mais tarde, quando ele não queria ir, quando me pedia para não ir, quando chorava ou verbalizava o que sentia.
Nunca me separei da Laura. Ainda não sei quando esse dia chegará. Hoje, tentei imaginar-me a deixá-la e o meu coração ficou apertado. Custa pensar.
O Gui adora a creche. De verdade. Tive a possibilidade de poder fazer diferente com a Laura e acho que não há lugar melhor no mundo para o nosso filho estar do que ao nosso lado. Ainda assim, nunca poderei dizer que a experiência com o Gui foi má, porque não, tem sido muito positiva. Vi-o amar outras pessoas, construir amizades, vi-o correr muitas vezes sem olhar para trás, vi-o pedir-me para ficar mais tempo. Abracei as pessoas que o acarinharam e chorei quando tivemos que dizer adeus. Felizmente, o lugar que ajudou o Gui a crescer durante 3 anos, é um lugar maravilhoso e trouxe-lhe vivências muito boas.
Custa dizer adeus. Custa separar de quem apenas queremos ter perto. Dói não saber se os nossos filhos estão bem, não acompanhar cada instante. Mas faz parte. E, quando escolhemos bem o lugar, quando confiamos, eles são felizes, muito felizes.
Vai correr tudo bem. O amor tem essa magia, vai com eles para todo o lado.
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