Tudo acontece mais rápido. Nem sequer consigo ver que horas são. Sinto que sou cada dia mais descontraída, fazemos tudo com calma e com uma só regra: descomplicar. Mesmo assim, entre os dois, pouco resta para mim, para quem quer que seja, na verdade. Eu gosto assim. Deste amor. Desta loucura que me sossega. Desta casa animada. Gosto de os ter aos dois debaixo de olho, perto de mim. Prefiro quando estão juntos.
Agora eu!
Brincadeiras sempre a dobrar. Eles querem a minha atenção. Os dois. Faço rir um e ouço sempre “agora eu” do outro lado. Muitas perguntas que ele quer que eu responda a olhar para ele. Muitos momentos de colo para dois. De mãos dadas aos dois. De abraços e beijos sempre para os dois.
Agora eu
Hora de dormir. Pijamas e muitas cócegas a um. Depois ao outro. Depois aos dois. Mimos. Histórias. Beijinhos. Os dois, um de cada lado até adormecerem.
Depois eles dormem. Já ninguém chama por mim a todos os segundos. Ninguém quer a minha atenção permanente. Não preciso correr pela casa. Não preciso estar sempre de olhar atento. Respiro fundo. Tento recuperar o fôlego. Tento desconectar.
Amanhã há mais. Agora eu. Amanhã são eles.
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