Dia 30 de agosto. 3 anos de casamento.
Fizemos muitos planos. Ao longo de 7 anos sonhámos em conjunto. Eu sempre quis um casamento. Daqueles com vestido de noiva, flores e balões. Sempre adorei ver noivos. Os sorrisos, a ansiedade, as promessas, as lágrimas, a família e os amigos. Não, não acho que seja necessário um dia assim para unir duas pessoas. O amor basta. Mas sempre acreditei que viveria esse conto de fadas.
Ele disse-me que sabia exatamente como seria o pedido de casamento. Mas eu nunca soube.
A vida trocou-nos as voltas. Às vezes, na maior parte das vezes, sinto que foi o melhor que nos aconteceu. Mas nem sempre é assim.
O Gui nasceu. Ter um filho não impede um casamento, longe disso. Ter dois filhos também não. Pensámos muitas vezes marcar a data, comprar o vestido, convidar a família e os amigos, reescrever o conto de fadas. Mas eu sinto que não tenho energia para isso. Sinto que eles são a prioridade. Sinto que nada nos pode unir mais do que eles. Eles são as promessas que nunca fizemos, são as alianças trocadas, são as lágrimas que largámos em conjunto, são os sorrisos, nossos e dos que nos rodeiam, são o amor. O amor que nos une.
Assinámos um papel que diz que somos casados. Assistiram ao momento apenas 10 pessoas. As mais próximas.
Não foi o dia mais feliz das nossas vidas, porque esse já tinha sido ocupado, agora duas vezes.
Um dia. Talvez um dia.
Não temos um conto de fadas. Só temos amor. E dois filhos. Dois filhos lindos.
3 anos. E somos 4.
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